O dólar comercial iniciou o pregão desta segunda-feira (10) registrando uma notável desvalorização em território nacional. Esta abertura em baixa reflete diretamente um sentimento de otimismo que se espalhou pelos mercados financeiros em escala global. A principal razão subjacente a esse movimento positivo reside na crescente expectativa de que o impasse fiscal, que levou à paralisação parcial das atividades do governo dos Estados Unidos, conhecido como Shutdown, esteja prestes a ser resolvido.
A prolongada disputa orçamentária que tem dominado o cenário político em Washington D.C. vinha sendo uma fonte significativa de incerteza e volatilidade para os investidores em todo o mundo. O risco de um prolongamento dessa situação fiscal desestabilizadora manteve os mercados internacionais em estado de alerta. No entanto, o alívio percebido pelos operadores impulsionou o desempenho do câmbio.
Logo nas primeiras horas de negociação da sessão, a moeda americana registrou uma queda percentual de 0,3% frente ao real, indicando uma descompressão da pressão cambial observada nos dias anteriores. Esse recuo cambial no Brasil não foi um evento isolado; ele seguiu de perto o movimento de alta observado nas principais bolsas de valores tanto na Europa quanto no continente asiático, reforçando a tendência de recuperação dos ativos de risco globais.
Segundo apontam os analistas do mercado financeiro, a percepção predominante é que há uma forte aposta na concretização de um acordo entre os legisladores no Congresso americano. O objetivo primordial desse entendimento é, justamente, prevenir que o Shutdown se estenda por um período maior, mitigando assim os riscos de uma potencial e severa instabilidade na economia global que poderia ser desencadeada por um impasse prolongado.
Fonte da Matéria: Uol




