Especialistas reunidos no primeiro dia da Conferência das Partes (COP30) emitiram um severo alerta sobre as consequências críticas do aquecimento global, destacando o potencial de irreversibilidade das mudanças ambientais caso não haja uma intervenção rápida e decisiva. Eles enfatizam que se o planeta ultrapassar o aumento de 1,5 °C em relação à temperatura média registrada no período pré-industrial, a Amazônia passará por uma transformação permanente e catastrófica.
Essa alteração fundamental no maior bioma do país desencadeará efeitos em cascata que se estenderão por todo o território nacional, ameaçando vastas regiões. Tais desdobramentos ambientais poderão, de fato, impactar diretamente uma parcela significativa da população brasileira, atingindo cerca de 100 milhões de pessoas. O renomado Professor Carlos Nobre reforçou essa visão dramática, sublinhando a urgência da crise climática atual.
Ele afirmou categoricamente que “estamos vivendo a maior emergência que o planeta já viveu desde que existem as civilizações, há mais de 10.000 anos, e estamos muito próximos de ultrapassar o aumento da temperatura global de 1,5 ºC.”
Entre as alterações irreversíveis mais citadas pelos cientistas está a perda maciça de espécies, o que comprometerá de modo irremediável a biodiversidade global e regional. Diante deste cenário iminente, os especialistas são categóricos ao solicitar duas ações cruciais e interligadas: a eliminação gradual e urgente da dependência de combustíveis fósseis e um investimento significativo e imediato em programas voltados para a proteção e manutenção das florestas. A justificativa para a necessidade de celeridade é clara: a janela de oportunidade para a ação efetiva e preventiva está se fechando rapidamente.
Fonte da Matéria: CNN Brasil




