A Comissão Europeia formalizou, nesta última quarta-feira (3), um plano ambicioso voltado para o apoio militar e financeiro à Ucrânia. A proposta centraliza-se na utilização dos ativos financeiros russos que se encontram atualmente paralisados dentro do bloco, direcionando esses recursos para financiar os custos relacionados ao esforço de guerra e à defesa da Ucrânia. O suporte financeiro seria concedido por meio de um vultoso empréstimo, que atinge um montante total de 210 bilhões de euros. Este valor está programado para ser desembolsado em diversas parcelas, estendendo-se até o ano de 2030, o que garante previsibilidade ao financiamento.
De maneira crucial, está prevista a liberação de 90 bilhões de euros especificamente nos próximos dois anos, atendendo às necessidades mais urgentes de Kiev. O principal objetivo deste planejamento estratégico de longo prazo é assegurar o acesso da Ucrânia aos recursos indispensáveis para sua sobrevivência econômica e militar, além de robustecer as capacidades industriais de defesa do país, que foram severamente afetadas pelo conflito em curso.
Contudo, é fundamental notar que o plano ainda precisa receber aprovação integral por parte dos países-membros do bloco europeu antes de sua implementação efetiva. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, reiterou seu apoio, afirmando que a União Europeia manterá sua posição como o “maior aliado” de Kiev. A estrutura de pagamento é notavelmente favorável à Ucrânia: Kiev só deverá saldar a dívida ao receber as devidas “reparações de guerra por parte da Rússia”, na prática, permitindo a utilização imediata dos fundos essenciais, transferindo o risco de repagamento. Para dimensionar a urgência, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia sinalizado que as necessidades financeiras de Kiev, somente até 2027, superam a marca de 137 bilhões de euros.
Fonte da Matéria: CNN Brasil




