O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou o evento de abertura do prestigiado Bloomberg Business and Finance Forum para apresentar as ambiciosas expectativas do Brasil em relação ao financiamento da proteção ambiental. Durante sua intervenção, Haddad formalizou a aspiração do governo brasileiro de arrecadar um total de US$ 10 bilhões. Este montante robusto está destinado ao Fundo Tropical das Florestas (TFFF), também conhecido pela nomenclatura Fundo Florestas Tropicais Para Sempre. A declaração ministerial sublinha o firme compromisso da administração atual com a complexa agenda ambiental e os indispensáveis esforços de transição energética do país, visando atrair recursos internacionais substanciais. Estes fundos serão cruciais para alavancar o desenvolvimento sustentável e financiar as atividades de preservação necessárias na Amazônia e em outros biomas nacionais vitais.
É fundamental notar que a meta inicial de captação de US$ 10 bilhões tem um prazo específico, estendendo-se até o final de 2026. Esta data foi estrategicamente definida para coincidir com o período em que o Brasil exercerá a presidência da COP30, um marco diplomático significativo para a causa climática global. O valor estabelecido para 2026 é especificamente direcionado para investimentos públicos, demandados sobretudo de governos de nações desenvolvidas. O TFFF, uma iniciativa conceitualizada e promovida pelo Brasil, distingue-se de modelos tradicionais de ajuda ou filantropia por não se basear em meras doações. Em vez disso, opera como um sofisticado mecanismo de fundo de investimento global.
Este fundo visa gerar remuneração para os países em desenvolvimento, especialmente aqueles localizados no Sul Global e que abrigam florestas tropicais, recompensando-os concretamente pela manutenção da essencial “floresta em pé”. A proposta operacional detalha que os recursos captados — que possuem um horizonte financeiro de longo prazo muito maior, mirando o objetivo final de US$ 125 bilhões, dos quais uma ampla maioria, 80%, seria composta por capital privado — seriam estrategicamente aplicados em ativos financeiros classificados como de baixo risco. O lucro resultante da gestão desses ativos seria, por sua vez, utilizado para compensar financeiramente os países elegíveis. Essa compensação seria paga através de um valor anual fixo, calculado por hectare de área florestal preservada. Haddad enfatizou a viabilidade da meta inicial de US$ 10 bilhões, indicando que a adesão de um número limitado de países membros do G20 seria suficiente para angariar os recursos necessários e iniciar o apoio a nações endividadas que enfrentam sérias dificuldades financeiras para sustentar seus próprios programas de proteção florestal.
Fonte da matéria: Uol




