A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de grande escala no município de Lajeado, localizado no estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo central de investigar supostos desvios de recursos públicos. O foco principal da investigação recai sobre o ex-prefeito Marcelo Caumo, que atualmente ocupa uma posição de secretário estadual no governo gaúcho. A ação policial tem como finalidade apurar de forma detalhada o mau uso e apropriação indevida de verbas que foram especificamente destinadas a atender a situações de calamidade e à reconstrução após enchentes que afetaram a região.
O inquérito policial instaurado revelou que as investigações se concentram em, pelo menos, dois grandes contratos administrativos que levantaram fortes suspeitas de irregularidades. O montante financeiro total associado a estes dois instrumentos contratuais sob escrutínio soma uma cifra significativa, avaliada em aproximadamente R$ 120 milhões. Este valor robusto destaca a seriedade das alegações de corrupção e desvio em um contexto de necessidade pública urgente.
O avanço da operação conta com a participação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e o trabalho intensivo de um grande contingente policial. Estão mobilizados um total de 92 policiais federais, responsáveis pelo cumprimento de mandados e coleta de provas, que atuam em coordenação direta com três auditores da CGU, especializados na fiscalização de gastos públicos.
Caso as evidências coletadas sejam confirmadas e o Ministério Público (MP) decida apresentar denúncia formal contra os envolvidos, incluindo o ex-prefeito e atual secretário, eles poderão responder por uma série de crimes graves. As tipificações penais potenciais incluem o desvio de verbas públicas, a prática de crimes em processos de licitações e contratos administrativos — que visam fraudar o processo de contratação —, além do crime de lavagem de dinheiro, frequentemente utilizado para ocultar a origem ilícita dos valores desviados. A investigação visa restabelecer a lisura na aplicação dos recursos destinados à população atingida.
Fonte da Matéria: CNN Brasil




