O cenário climático brasileiro alcançou um feito notável ao registrar a redução mais acentuada nas emissões de gases do efeito estufa (GEE) observada nos últimos 16 anos. Este resultado expressivo, que antecede a Cúpula do Clima (COP30) a ser sediada em Belém, representa um marco significativo nos esforços nacionais para mitigar o aquecimento global, sinalizando uma nítida inflexão nas estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento ambiental adotadas pelo país.
Essa diminuição histórica nas emissões é primariamente creditada ao controle mais efetivo da devastação florestal. O desmatamento atingiu o patamar mais baixo em 11 anos na Amazônia e o ponto mínimo dos últimos 5 anos no Cerrado.
Tal desempenho positivo revela-se crucial para a imagem da nação nas negociações internacionais, fortalecendo o compromisso governamental com as metas estabelecidas no Acordo de Paris. Isso inclui, especialmente, a aceleração da transição energética e o enfrentamento vigoroso do crime ambiental. Além do controle das emissões ligadas à mudança no uso da terra, o avanço na implantação de fontes de energia limpa e o estímulo a práticas de agricultura de baixo carbono são fatores que também contribuíram para o êxito alcançado.
Paralelamente, o tema ambiental ganhou destaque com a chegada, por via fluvial, da ‘Caravana latino-amazônica’ à COP30, uma ação destinada a aumentar a visibilidade da realidade enfrentada por essa área geográfica.
Apesar dos indicadores encorajadores, analistas ressaltam que é vital manter a vigilância constante e os aportes financeiros estratégicos para garantir que esta trajetória de declínio nas emissões seja sustentável e permanente, evitando quaisquer retrocessos. A expectativa é que o Brasil utilize este indicador de sucesso como um poderoso trunfo diplomático, visando angariar suporte e recursos internacionais essenciais para a preservação de seus valiosos biomas.




